
Hoje é um daqueles dias que muitos estão refletindo e avaliando parte da história do automobilismo mundial. Talvez a parte mais bonita que já houve, mais disputada, mais emocionante desse esporte. Era uma época onde realmente tínhamos gladiadores geniais nas pistas. Pilotos que precisavam ter muito mais sensibilidade e coragem para guiar um carro de Formula 1.
Na verdade através dos tempos a Formula 1 sempre revelou “monstros” de sua época, mas é inegável que mesmo depois de 15 anos sem o “chefe”, ele ainda seja a maior referencia desse esporte.
É um tipo de coisa que não se explica. Simplesmente ele é o maior de todos. Não pelos resultados, pois vimos Schumacher quebrar todos os recordes possíveis, sempre ancorado por Rubens Barrichello, mas mesmo assim não há como não ter Ayrton Senna como aquele que não teria limites para conquistas. Mas teve.
Como trata se de um esporte de risco, e que sempre o ser humano fica vulnerável a possibilidades de acidentes, nosso herói foi um desses que parou perante a falha da máquina.
Isso posto, o que dizer mais? Nem precisamos falar muito. O legado dele é muito bem assessorado por sua família que transformaram sua personalidade em algo para ser copiado e admirado.
Mas hoje, nesses 15 anos, resolvi escrever mesmo a respeito de um ponto que ouço sempre falar. Depois daquela tragédia, acho que a maioria das pessoas que conheço sempre dizem: “nunca mais vi corrida depois que Senna morreu”.
Comigo foi um efeito contrário. Minha paixão pelo esporte aumentou ainda mais, aprendi a entender melhor ainda os detalhes, e são muitos, desse esporte. Sempre pensei que se ele amava o que fazia e eu o tinha como ídolo, cabia a mim seguir em frente, torcendo pelo Brasil, pelo bem do esporte, pela evolução da segurança. De lá pra cá, nunca perdi um treino ou uma corrida. Até na manhã da minha noite de núpcias, estava lá eu e minha esposa jutinhos acompanhando o Grande Premio da Alemanha vencido por Rubinho. Grande paixão não é? Sim. Já amava esse esporte, mas para mim, Formula 1 teve outro sentido depois de Ayrton e outro maior ainda depois da morte dele.
E para fechar, uma revelação: ate hoje, quando vejo uma prova, em minha mente, quase que uma coisa espiritual, imagino ele lá…